Trabalhos Acadêmicos

The Fairy Queen em Tibães - A partir do original de Henry Purcell - Uma Ópera-Happening com encenação de Sara Erlingsdotter - Produção V - Mosteiro de Tibães - Braga - Portugal - 2013

Esta ópera, com encenção de Sara Erlingsdotter, está muito longe de ser um modelo padrão desta forma de arte. A encenação, que prezava por uma aproximação entre a ação e o espectador, utilizava de um percurso pelos diferentes locais do antigo mosteiro onde foi apresentado. Passando entre claustros, celas, bosques, lagos, o público seguia e interagia com a narração e suas ferramentas. Foi necessário um grande estudo nesta iluminação para não interferir com qualquer elemento natural e manter a integridade visual do cenário. As inspirações passaram pelas luzes refletidas, elementos de integração (como lanternas) e luzes decorativas. A dramaturgia passa por fugas, pesadelos e um resplandecente nascer do dia, a volta do equilíbrio.
















Mostra tudo o que tens, Júlia! - Baseado em Senhorita Júlia de August Strindberg - Criação Tulio Pezzoni e Ricardo Leão - 2013

Este exercício independente teve como ideia inicial a prática de uma série de ensinamentos adquiridos na cadeira de tecnologias de luz e de som. Posteriormente se transforma em um estudo de linguagem onde o cruzamento entre um imaginário tecnológico de entretenimento de massa  e uma narração dissociada, que caminha entre a performance/teatro/dança, possa encontrar a poesia da luz e do espaço. Para isto se escolheu como base o texto de Strindberg onde a personagem de Júlia, uma maquina da sociedade, transforma suas ações numa vontade alheia. A pequena Julia é comanda realmente por uma passagem rápida do tempo, um flash de novo mundo. O vídeo pode ser visto na página inicial.











A Metamorfose - Baseado na obra homônima de Franz Kafka - Encenação de Ana Luena - Produção IV - 2012

Nesta iluminação o principal foco foi a criação espacial. Dando forma e foco às cenas  a iluminação serviu primeiramente de lupa para o público. Dentro do grande espaço de encenação a luz teve que focar no evento porém sem matar o entorno. O jogo entre visibilidade e escuridão foi um fator de risco. Entre uma família que encontra suas bases efetivas e sociais abaladas pela transformação de seu filho em um terrível inseto e a visão externa de uma sociedade regrada e intransigente a luz deve esconder o lixo social e focar nas boas formas. Gregor, o nojento inseto, permanece constantemente na penumbra.












Édipo Rei - Uma Proposta para Design - Luz I

Esta proposta de luz para Édipo Rei foi criada como trabalho final para a cadeira de Design - Luz I. Como base dramatúrgica utilizei um enxerto do livro "Para Ler o Teatro" de Anne Ubersfeld onde a autora relata uma leitura do texto a partir de seu modelo actancial. No final do trabalho cheguei a um Édipo que é vitima não dos deuses, mas sim de uma sociedade massificada que enxerga na tragédia do Labdácida uma fonte de entretenimento coletivo. Como uma forma de grande espetáculo a história de Édipo é contada utilizando elementos que lembram as grandes premiações de cinema e música internacionais. Os render's a seguir foram criados a partir do programa WysiWyg.











Morire di Classe - Baseado em Categoria 3.1 de Lars Norén - Encenação de Nuno M Cardoso - Produção II 2011

Iluminação Tulio Pezzoni e Ricardo Leão

Somos jovens ainda. Somos giros como a merda, somos seres humanos, somos uma expressão mediática ambulante. Fazemos parte de uma juventude despolitizada, desgastada, desprovida; mas continuamos a criar nossos eventos em redes sociais, a ouvir velhas músicas e gritar alguns hinos. Lars Norén nos propõe uma sociedade marginalizada, desprovida de sonhos pois estes se tornaram psicoses pessoais. São nossos esses traumas. Traumas que carregamos cada qual com sua muleta. Drogas? Prostituição? Histeria? Todos temos nossos desníveis e os expressamos diariamente. A questão agora é como trazer de volta a poesia para a nossa prosa do dia a dia. Como juntar a historia da tragédia atual com nossas faces rosadas de bons meninos. Nos parece que no meio de nossas propostas e induções encontramos o local adequado para isto. Um local onde o humano já não existe ou simplesmente não quer existir. Um local onde é possível se limpar do olhar “caridoso” do governo e dizer nossas verdades sem se preocupar realmente em ser ouvido. Decidimos que ao morrer a nossa classe morrem, finalmente, todas as preocupações de um futuro enquadrado nas perspectivas sociais. Com esta forma e desse modo não sabemos se queremos te apresentar esta obra, caro espectador. Fique a vontade de sair. Fique a vontade em entrar; pois com a nossa morte, com este nosso suicídio em forma de renascimento, chegamos a um local onde tudo é possível de vingar.
















Commedia dell'Arte Achados e Perdidos - Encenação de Howard Gayton - Produção I 2011

Iluminação Tulio Pezzoni e Vanessa Santos

Trabalho realizado para a cadeira de Produção I da ESMAE. O trabalho usou como base os materiais utilizados pela cenografia e espaço à volta, visto que o espetáculo se realizou em um palco de arena grego a céu aberto e rodeado por vegetação. As cores foram escolhidas para pintar a areia e dar volumetria ao cenário. A luz também teve como princípios a praticidade e o simples.